Artigo especializado

Termografia na combustão de H2

Departamento de Marketing.

16 de Dezembro de 2022

5 minutos de leitura

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Porque é que a termografia é tão importante na combustão [...]

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Entrevistámos Isabel Álava, investigadora sénior da Ikerlan, sobre a importância da termografia na combustão de H2.

Porque é que a termografia é tão importante na combustão de gases, especialmente de hidrogénio (H2)?

"Na combustão do hidrogénio, é essencial medir as temperaturas, especialmente quando se trata de hidrogénio (H2). Porque a chama é invisível ao olho humano. " - Isabel Álava, Directora do Laboratório de Combustão da IKERLAN.

Isabel Álava é Investigadora Sénior da IKERLAN, um centro tecnológico especializado em digitalização industrial e transferência de tecnologia para empresas, pertencente ao Grupo Mondragón e à BRTA - Basque Research & Technology Alliance. Actualmente é Chefe do Laboratório de Combustão, com mais de 20 anos de experiência na empresa.

Tivemos a sorte de poder falar com ela para nos contar como surgiu a colaboração entre o Grupo Álava e a Ikerlan. Não só utilizam as câmaras termográficas Teledyne FLIR que lhes fornecemos para controlar as temperaturas, mas também como elemento de segurança.

o que é que se faz na ikerlan?

Concentramo-nos em energia, combustão, concepção e desenvolvimento de sistemas eficientes, processos de transferência de calor e optimização. Tanto a nível doméstico como industrial, para sectores como o aquecimento e a cozinha. Trabalhamos em questões de combustão há mais de 20 anos e temos um laboratório que vamos inaugurar em 2019, que além de ser concebido para testar e validar gases e combustíveis convencionais, construímos como um laboratório para 100% de hidrogénio. O hidrogénio verde, gerado e produzido a partir de energias renováveis, faz parte de uma das tecnologias-chave para a descarbonização do planeta. Temos todos os protocolos, sistemas de detecção... É sobretudo o que fazemos no grupo de combustão, que está incluído na unidade mecânica.

Temos um leque bastante vasto de clientes e a nossa principal actividade hoje em dia é o hidrogénio. Estamos a matar o planeta... Redução do CO2 através da utilização do hidrogénio como combustível, sendo capazes de desenvolver soluções que não existem neste momento. Não existe tecnologia para a combustão do hidrogénio, não existem queimadores de hidrogénio, não existem sistemas para detectar o hidrogénio. Por isso, podemos dizer que estamos na vanguarda do desenvolvimento tecnológico.

é um dos poucos laboratórios do país que pode queimar hidrogénio (h2) com segurança.
COMO SE CONCRETIZA A PARCERIA COM O GRUPO ÁLAVA?

Já trabalhamos juntos há muitos anos, porque uma das tecnologias-chave que utilizamos para monitorizar, conceber, desenvolver e validar os sistemas que optimizamos, melhoramos ou concebemos é a termografia de infravermelhos. Saber que temperaturas existem no queimador, se a distribuição de calor é homogénea ou não, é muito interessante. Para nós é uma ferramenta fundamental, mas especialmente quando falamos de hidrogénio, porque é transparente ao visível. Podemos ver uma chama de gás natural, mas não uma chama de hidrogénio. Por isso, a única forma de a detectar é através da temperatura, da termografia por infravermelhos. Não estamos apenas a utilizar as câmaras termográficas Teledyne FLIR que nos forneceram para monitorizar a temperatura, mas também como um recurso de segurança.

Como é que a solução do GRUPO Alava o beneficia?

Permite-nos monitorizar temperaturas de chama, especificamente de hidrogénio, até 2000ºC, algo que outras versões de outras câmaras não nos permitiriam fazer. É uma tecnologia que nos convém muito bem. E estou a falar de hidrogénio, mas historicamente poderia falar de quando desenvolvemos queimadores para fornos a gás, onde é preciso ver se o calor do sistema é homogéneo dentro do forno. Em suma, há uma infinidade de problemas que resolvemos com esta tecnologia.

QUAL É O SEU TRABALHO QUOTIDIANO COM O PRODUTO?

Trabalhamos desde a concepção, ao melhoramento do produto, aos ensaios, à validação e até aos ensaios de pré-certificação. Não somos um centro de certificação, mas garantimos ao cliente que o produto que desenvolvemos está a um nível de industrialização. Utilizamos a ferramenta no dia-a-dia, em função do ponto em que nos encontramos no projecto, na concepção, na validação e, sobretudo, na validação dos resultados.

Temos de ter ferramentas no laboratório que nos permitam validar os modelos teóricos que estamos a utilizar. A termografia é uma das ferramentas básicas, juntamente com outros tipos de ferramentas. Na combustão do hidrogénio, é essencial monitorizar as temperaturas, porque a chama não é visível. Podemos estar a queimar hidrogénio, mas como não o vemos, corremos o risco de nos queimarmos.

Como descreveria a sua experiência no Grupo Alava?

Positivo, acessível e fiável. Quando tenho uma necessidade técnica, faço um telefonema, tentam resolvê-la ou dão-me nomes de centros de referência ou instituições que tiveram o mesmo problema.

De vez em quando, também encomendamos cursos de formação. Dá jeito quando compramos um produto, porque temos os nossos próprios "vícios" na utilização da ferramenta. É sempre bom estar perto de um fornecedor como vós.

Aqui pode ver a entrevista completa ☝🏻😉

Estaremos presentes na Cimeira Digital da Água
Inspecções de postos de transformação com termografia